Salve, glorioses. Chegamos ao final desse mês #JulhoSemPlástico e hoje vamos falar sobre o plástico verde, um projeto brasileiro, reciclável e desenvolvido a partir de biomassa da cana-de-açúcar. Você conhece essa iniciativa?
Diferente do plástico convencional, feito a partir do petróleo, o maior diferencial do plástico verde é a sua matéria-prima.
A fonte mais comum é a cana-de-açúcar, mas também é possível desenvolvê-lo a partir do milho e da beterraba. E o que chamamos de fonte renovável: a cada plantação, se tem mais material para a produção do plástico, diferente do que acontece com o petróleo. Quando um poço encerra seus recursos, é preciso explorar novos lugares.
Em termos de sustentabilidade, essa é uma alternativa bem-vinda. Mas ainda exige atenção.
A produção do plástico verde é muito similar à do plástico comum, até em custo. Por isso, é interessante para o mercado, que pode passar a investir em um material que não dependa do petróleo. Ponto positivo!
Precisamos apenas lembrar que o cultivo da cana também tem suas limitações. Estamos falando de mais campos destinados à plantação, além de tudo o que isso envolve, como consumo de água, pesticidas etc.
Outro ponto é que o plástico verde não é o mesmo que biodegradável. Se parar na natureza, ainda levará anos para se decompor. E quando falamos em plásticos biodegradáveis, também temos confusões.
Biodegradável é aquele plástico absorvido pelos microrganismos presentes no meio ambiente, mas produzi-lo ainda é muito caro no Brasil. O que também temos por aqui é o plástico oxidegradável, que se desfaz em partículas ao entrar em contato com o ar.
Pode parecer sustentável, mas estes microplásticos contaminam como qualquer outro! A Associação Brasileira da Indústria do Plástico fez um documento para tirar dúvidas de todas essas categorias de plástico (confira aqui!)
Diante disso tudo, a solução mais responsável continua sendo a reciclagem. O plástico verde alivia parte do problema, mas precisamos continuar fazendo a nossa parte. Seja destinando ao descarte correto ou substituindo.
A ONU estima que, só de sacolas plásticas, consumimos 5 trilhões todos os anos no mundo. No Brasil, 1,5 milhão por hora! Já as garrafas, 1 milhão por minuto… É esse consumo que precisamos continuar a mudar.
Vamos continuar com a missão: quando for ao mercado, leve a sua bolsa retornável. Se tiver sacolas em casa, não esqueça da reciclagem! O mesmo para os copos, canudos, garrafas e demais embalagens.
E se você não sabe onde estão os postos de reciclagem mais próximos da sua casa, clique aqui para conhecer!
Um beijo e até a próxima Quarta Gloriosa.