Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderon foi uma mulher marcante na história do México. Frida era patriota, comunista, revolucionária e teve uma vida de superações e sofrimentos que refletidos em sua obra, tornaram-na uma das maiores pintoras do século.
Filha do famoso fotógrafo judeu-alemão Guillermo Kahlo e de Matilde Calderon y Gonzales, Frida sempre foi apaixonada pela cultura de seu país e adorava tudo que remetesse às tradições mexicanas. Isso sempre foi notado na sua maneira de se vestir e em seu trabalho ao incluir elementos da cultura popular.
Em seu diário, que foi publicado em 1995, a artista deixou registradas suas dores, suas frustrações pela infidelidade do marido (por quem era extremamente apaixonada) e pela impossibilidade de ter filhos. Frida sofreu a primeira tragédia de sua vida quando tinha seis anos e teve poliomielite. A artista ficou de cama por vários dias e como sequela, teve um dos pés atrofiados e uma perna mais fina que a outra. Mas a maior tragédia mesmo aconteceu quando ela tinha dezoito anos e sofreu um acidente no ônibus que estava enquanto voltava para casa. Transpassada por uma barra de ferro pelo abdômen, além de ter sofrido várias fraturas, Frida levou vários meses para se recuperar.
Foi neste período enquanto estava de cama e havia sido abandonada pelo marido que surgiu a pintora. Sua mãe colocou um espelho sobre sua cama e um cavalete adaptado para que ela pudesse pintar deitada. Nesta fase surgiram seus autorretratos (55 ao todo) e justificou dizendo “Pinto a mim mesma porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor”. Mais tarde, Frida levou três quadros seus a Diego Rivera, um famoso pintor da época que ela conhecera quando frequentou a Escola Preparatória Nacional. Esse encontro resultou no amor de ambos e na revelação de uma grande artista.
Frida casou-se em 1929 com Diego. Passou por vários abortos e separou-se de Diego várias vezes, sempre voltando e agarrando-se a vida, tão dura com ela. Tornar-se pintora foi algo que preencheu e sustentou a artista durante toda a sua vida após o acidente. Em 1941, ela e Diego muda-se para a “Casa azul”, que hoje é um museu em sua homenagem. Após passar por diversas cirurgias, usar um colete de ferro e ter sua perna amputada na altura do joelho devido a uma gangrena, Frida vive seus últimos dias sofridos em um hospital até falecer na noite de 13 de julho por embolia pulmonar. Suas últimas palavras no diário foram “Espero a partida com alegria… e espero nunca mais voltar… Frida”.
Espero que tenham gostado da história da Frida, até a próxima!