Hoje vamos celebrar a palavra escrita e a sensibilidade de cinco escritoras brasileiras do século XX que, cada uma em seu tempo e do seu modo, influenciaram e influenciam gerações de leitores apaixonados.
Escritoras brasileiras para não deixar de ler
Leitura é hábito, exercício e paixão. Não há nada mais enriquecedor do que descobrir um bom livro e reenconcontrar dentro dele aquela afinidade que te torna fiel a um determinado autor ou gênero.
Infelizmente, no nosso país não há um estímulo muito grande à leitura. A correria cotidiana e o advento da Internet fazem também com que nós tenhamos a falsa ilusão de que conhecemos quase tudo, ou pior, de que basta uma rápida busca na grande rede para que formemos nossa opinião sobre os mais variados assuntos.
Separamos aqui quatro escritoras brasileiras, cujas obras arrancam o fôlego de tanta beleza, fazem carinho no coração e trazem para a superfície muitas questões suprimidas do universo feminino, através de uma linguagem poética e contemporânea.
1 – Hilda Hilst (1930 – 2004)
Uma artista rara, notória por passear com desenvoltura por todos os gêneros da literatura. De personalidade marcante, transgressora e libertária, Hilda permanece como uma figura mitológica neste campo artístico, cuja fama precede a própria obra.
2 – Lygia Fagundes Telles (1923)
Contista e romancista identificada com o pós-modernismo. Nascida na cidade de São Paulo, seu trabalho é marcado por explorar os meios urbanos e a psicologia feminina. Este ano, Lygia foi indicada ao prêmio Nobel de Literatura, a primeira mulher brasileira a conquistar este feito.
3 – Clarice Lispector (1920 – 1977)
Nascida na Ucrânia e naturalizada brasileira, Clarice fala dos assuntos mais banais, porém com a profundeza dos mares da alma. Sua escrita representa uma verdadeira filosofia da mente feminina, de forma rica e atemporal. Não há como lê-la e não identificar dentro de si uma partícula dos sentimentos sobre os quais ela escreve com maestria. De temperamento melancólico, suas personagens se descobrem em epifanias por onde se revelam suas histórias.
4 – Ana Cristina César (1952 – 1983)
Poeta do pós-Tropicália e grande expoente da Poesia Marginal, Ana Cristina César era também tradutora. Sua obra, de caráter autobiográfico, é considerada vasta para o seu pouco tempo de vida e atividade. No ano de 2016, foi a homenageada da FLIP – Festa Literária Internacional de Paraty. Antes dela, Clarice Lispector foi a única mulher a receber a homenagem.
Encante-se pela magia da literatura, com a ajuda destas mulheres incríveis e sensíveis!
Legal.