Viver em sociedade pode ser mais econômico e produtivo do que pensamos. A Economia colaborativa está aí para nos mostrar isso e vem mudando o modo como entendemos oferta e demanda, assim como nossa relação com bens materiais e as relações pessoais.
A tecnologia tem contribuído fortemente, claro. Ela nos afastou em um momento, mas hoje tem contribuído para movimentos que simulam o comportamento de “uma vila”, porém em escala global. Estamos aproveitando o que temos para sobreviver, afinal num mundo capitalista é preciso ser criativo e esta prática tem movimentado pessoas de vários lugares para trocar experiências, aprendizados e muito mais.
Mas afinal, o que é economia colaborativa?
O que tenho achado incrível em nossa sociedade atual é a rapidez com que as coisas acontecem e mudam. Acontecimentos ruins se proliferam, mas muita coisa boa também tem se espalhado e claro, prefiro direcionar sempre meu foco para tais coisas. A Economia colaborativa é uma dessas soluções boas que nos salvam de momentos de crise e nos dão a esperança de um lugar melhor para se viver.
Você já imaginou quanta gente pode se beneficiar com algum conhecimento seu ou algum objeto útil que fica parado em sua casa? A Economia colaborativa vem para gerar aproximação e praticidade. Se eu sei fazer um bolo de festa, por exemplo, posso oferecer meu serviço para alguém que vai me retribuir com alguma outra habilidade. Todos saem ganhando e ainda faço um networking, estabelecendo relações importantes, úteis e com afeto.
Além do fator “utilidade”, ainda existe o fator “experiência, a começar pelo contato com o outro no momento de realizar um combinado. Na Economia Colaborativa, o acesso é mais importante que a posse e todo mundo pode ser fornecedor e consumidor.
O psicólogo e professor Thomas Gilovich da Cornell University, nos EUA, estudou e acompanhou pessoas após a compra de algo grande, que os fez feliz, e concluiu que bens materiais trazem felicidade, mas por um período limitado de tempo. “Um dos inimigos da felicidade é a capacidade de adaptação. Nós compramos coisas para ficarmos felizes, e nós conseguimos, mas somente por um tempo. Novos objetos são empolgantes no começo, mas aí nós nos adaptamos a eles“. Muitas vezes não sabemos como encontrar a felicidade, mas entender que “viver” é melhor do que “ter” é um bom começo para chegar “lá”. Segundo Gilovich, até mesmo quando a experiência foi ruim é válido, pois temos alguma história para contar ou aprendemos com aquilo.
Repensar essa cultura de posse e status social nos coloca em contato com o que temos de melhor enquanto seres humanos: memória, afeto e criatividade.
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