Pano Social
Moda Consciente

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Na semana passada falamos aqui na Bemglô sobre o Fashion Revolution e a sua campanha #QuemFezMinhasRoupas. Ainda pensando em moda sustentável e consumo consciente, hoje falaremos sobre a Pano Social, uma startup transformadora que tece moda sustentável e reinsere ex-presidiários no mercado de trabalho. Além disso, a confecção utiliza algodão orgânico e mostra, na prática, outro caminho para a moda!

O universo da moda tem o segundo maior impacto ambiental, logo depois do petróleo. O Brasil tem a quarta maior população em cárcere, sendo a que mais rápido cresce, e só 9% dos ex-detentos conseguem um emprego. Essas duas afirmações foram os pilares de sustentação da marca de Natacha Barros, produtora de moda, e Gerfried Gaulhofer, designer. Em um mundo obcecado pelo lucro, ambos se guiam pelo pensamento de que o sucesso de um negócio não se mede apenas pelos resultados financeiros, mas também pelo impacto criado para as pessoas e para o meio ambiente. Por isso, a empresa, criada em 2014 com sede em São Paulo, produz roupas e acessórios a partir de algodão 100% orgânico ou 100% PET reciclado e, na linha de produção, conta com a ajuda de egressos do sistema prisional.

Mais do que empregar os ex-detentos, a Pano Social se preocupa em capacitá-los. A preferência, na hora da contratação, é de quem já tem contato com a área. Porém, aqueles que nunca tiveram contato não são descartados, são indicados para cursos em instituições parceiras, como por exemplo o Senai, ou então são treinados durante o trabalho.

Sobre a matéria prima e os parceiros da Pano Social

70% dos agricultores que trabalham na lavoura algodoeira morrem de câncer. 20 mil pessoas morrem por ano por causa de envenenamento acidental por pesticidas usados na cultivação de algodão convencional. Logo, optar pelo uso de algodão 100% natural é optar pelo uso de uma matéria prima ecológica e socialmente correta, livre de produtos químicos (principalmente agrotóxicos, pesticidas e fertilizantes), fortalecendo a agricultura familiar e contribuindo para preservar o meio ambiente, a saúde dos agricultores e dos consumidores. Além do algodão orgânico, a startup também faz o tingimento e as estampas das suas roupas com pigmentos naturais.

Esses preceitos, associados ao fato de que a marca proporciona trabalho digno, ressocializando ex-detentos e empregando-os em sua rede de produção, são maneiras de diminuir a reincidência criminal, cuidar do meio ambiente e contribuir para a paz social. Isso atraiu a atenção de diversas marcas a instituições, que investem e – literalmente – vestem a camisa.

Imagem: Pano Social

A Pano Social trabalha, atualmente, com a produção da própria grife e também confecciona produtos para marcas e instituições — como o Greenpeace, Korin e Livraria Cultura. Inclusive, acima podemos ver a foto da supermodelo, filantropa e empresária Gisele Bündchen com as camisetas que a Pano produziu para o Greenpeace, um dos maiores clientes e investidores desta causa.  A ONG doa aos colaboradores do grupo ambientalista camisetas de 100% Algodão Orgânico estampadas com pigmentos naturais e incentivando a ressocialização. Abaixo, vocês também podem conferir os uniformes que a marca teceu para a Livraria Cultura:

Nas palavras da Pano Social: “Sustentabilidade é questão de sobrevivência. É ultrapassado olhar e vestir moda sem a percepção que a maior tendência é a essência. Acreditamos que cada movimento nosso, o que usamos e comercializamos são responsabilidade nossa. Nossos hábitos e costumes ditam nossas crenças. Nosso destino está interconectado com todos os outros.”

 

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