Ficha Técnica:
Bioma: Mata Atlântica
Tamanho: 1,3 milhão de
quilômetros quadrados (apenas no Brasil)
Total desmatado: 87,6%*
Localização: América do Sul (Brasil, Argentina e Paraguai)
Total de espécies flora: 20 mil espécies
Total de espécies fauna: ao menos 2.040 espécies diferentes
Principais ameaças: Desmatamento, fragmentação de áreas,
expansão urbana desordenada e exploração predatória de recursos naturais.
(Dados retirados do site da WWF)
Escolho essa introdução pra falar de uma gigante que vem sendo apagada pelo descaso.
Ela ocupava 15% do território brasileiro, cerca de 1.110.182 Km² e está distribuída pela costa do oceano Atlântico, por isso seu nome. O desmatamento aumentou drasticamente de 2018 pra cá: 14.502 hectares de floresta devastados, o equivalente a 14 mil campos de futebol. Hoje a floresta se encontra, ou melhor, não se encontra porque está fragmentada e devastada. Apenas 12% do seu território resiste no Brasil.
No lugar da biodiversidade brasileira, aceitamos a monocultura. Onças pintadas desaparecem para que o gado seja alimentado por soja envenenada.
Mais ou menos 70% da população brasileira vive em território de desmatamento da Mata Atlântica. Ela empresta seus mananciais de água, e a gente devolve com uma exploração intensiva e sanguinária. A conta chega com a crise hídrica, e mais outros probleminhas.
Você sabia que restam cerca de apenas 300 onças por esse território? A Mata Atlântica pode se tornar o primeiro bioma do mundo a perder o seu “animal topo de cadeia alimentar”. Seremos pioneiros!
Ela não é brincadeira, detém recordes! Como uma das florestas mais ricas em biodiversidade de plantas lenhosas (angiospermas) por hectare, cerca de 20 mil espécies vegetais, sendo 8 mil delas endêmicas (espécies que só aparecem em uma determinada área ou região). Mas tudo bem trocar essa flora pra produzir mais um pouquinho de soja transgênica ou qualquer monocultura carregada de veneno, né?!
Parece até mentira quando pegamos pra nos informar sobre os projetos de afrouxamento da legislação ambiental. Decretos são elaborados para reduzir a proteção da Mata Atlântica e facilitar a liberação de licenças ambientais para a construção de hotéis, condomínios ou apenas a boa e velha monocultura.
Ah, mas o que queremos dizer com esse papo triste?
Será que dá pra continuar abrindo nossas janelas todos os dias de manhã e nos contentando com as poucas árvores que restam na nossa rua? Compensa continuar ignorando o afrouxamento das leis de proteção ambiental em todo nosso território? Principalmente da Mata Atlântica? Esperamos que a pele da onça pintada se torne apenas estampas de casacos?
Tá! Mas o que fazer?
I N F O R M A Ç Ã O !
Não temos saída a não se nos munir de informações verdadeiras e apoiar iniciativas que defendam os interesses dos povos originários, ONGs de proteção animal e florestal, apoiar pessoas que dedicam suas vidas para que as cores da floresta não sejam apagadas e envenenadas. Viu uma organização bacana que faz um trabalho sério de proteção ambiental? Divulga! Manda pros amigos. Se puder, doe a quantia que puder.
Nos informar e nos posicionar é importante. Escolher ignorar pode custar muito no futuro (e o futuro tá ai).
Maior que o mundo, só a (bio)diversidade.
E disso, a Ela, a Mata Atlântica entende bem.