12 mulheres são assassinadas no Brasil todos os dias, em um total de 4.473 homicídios dolosos apenas em 2017 como contabilizou o Monitor da Violência do G1. Os dados, contabilizados a partir dos relatórios oficiais dos estados, mostra aumento de 6,5% em relação a 2016. Desses, 946 enquadram-se como feminicídio, crimes de ódio motivados pelo gênero. Segundo pesquisa feita pelo Datafolha e encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança, 503 mulheres brasileiras são vítimas de agressão física por hora no Brasil. Só no Estado do Rio de Janeiro, segundo dados do Dossiê Mulher, em 2017 foram mais de 4 mil mulheres agredidas sexualmente em uma média de 11 estupros por dia. Foi pensando em lutar contra essa realidade que surgiu o Mapa do Acolhimento.
A relevância do Mapa do Acolhimento
O Mapa do Acolhimento surgiu em 2016 para combater essa cultura de violência à mulher e contribuir com o tratamento psicológico, jurídico e verdadeiro acolhimento às vítimas que se acumulam diariamente por todo o país. O projeto surgiu após um estupro coletivo que ocorreu no Rio de Janeiro em 2016, noticiado a larga escada, que mostrou a ineficácia do sistema público em lidar com tal demanda. Após encontro de diversas organizações e movimento de mulheres, o Mapa do Acolhimento nasceu enquanto uma plataforma online para unir mulheres vítimas de todo tipo de violência a profissionais qualificados. No primeiro ano, foram 10 cidades atendidas, 450 profissionais e 2.500 voluntários que se reuniram para colocar este trabalho em prática.
Em 2018, dois anos após, o projeto tem como meta expandir seu atendimento para todas as 27 capitais do país. Para isso, encerrou no último dia 16 as inscrições para novos profissionais voluntários, com mais de 3.700 psicólogos e advogados cadastrados em mais de 590 cidades por todos os 27 estados. Com a mensagem de “mexeu com uma, mexeu com todas”, o Mapa do Acolhimento se mostra um projeto cada vez mais amplo e essencial para o combate à violência contra a mulher no Brasil, resultado direto do movimento popular.
Para acolher e ser acolhida
Se você se encontra em qualquer situação de vulnerabilidade,seja por violência física ou psicológica, precisando de apoio, acompanhamento ou orientação jurídica, não hesite em procurar ajuda. A equipe do projeto checa os seus dados e dos profissionais a fim de garantir a melhor combinação para o encaminhamento ao atendimento presencial. Clique aqui para receber ajuda.
Se você é uma profissional, terapeuta ou advogada, e gostaria de contribuir com a causa, se inscreva aqui. As inscrições para o time 2018 já estão encerradas, mas pelo mesmo link será possível se inscrever para a seleção 2019.
Se você não é profissional, mas sensibiliza-se com a causa e gostaria de contribuir de alguma maneira, apoie financeiramente o Mapa do Acolhimento e ajude a manter vivo este projeto que leva acolhimento gratuito a mulheres por todo o país. Em 2017 foram mais de 1.000 apoiadores e apenas com este esforço coletivo foi possível iniciar o processo de expansão do Mapa para todos os estados brasileiros. Toda contribuição é importante.
Acompanhe o Mapa. Acesse o portal aqui e compartilhe com toda mulher que precisa de ajuda. Através da página oficial no Facebook é possível acompanhar de perto todas as ações e necessidades do projeto. Contribua com o movimento e colabore para que ele chegue ao maior número de pessoas possível.
#mexeucomumamexeucomtodas