Salve, Glorioses. Falando sobre projetos sociais que transformam vidas, hoje eu trago uma iniciativa que tem um coração brasileiro pulsando mudanças em um pequeno vilarejo de Uganda, na África. Com o lema “as mulheres são lares“, o projeto tem a meta de construir, até março de 2020, casas para as famílias e construídas pelas mulheres de Kikajjo!
Foi numa viagem para acompanhar o projeto Escola em Uganda, que constrói escolas na região, que a arquiteta brasileira Mariana Montag foi à África. Quando conheceu a história de Jajja Imaculate, percebeu que talvez seu destino alí fosse outro.
Na zona rural, tanto na África como em muitos países, sabemos que as mulheres têm papel central na comunidade. É muito comum ter os vilarejos habitados só por mulheres e crianças, já que os homens partem para longe em busca de trabalho que paguem melhor. Elas são as responsáveis por cuidar da casa e da família e contam muito umas com as outras.
A Casa de Jajja
Jajja Imaculate vive em um quarto alugado de 9 metros quadrados junto de suas duas netas. Ela é a “jajja” (avó, em idioma local) de todos nessa comunidade em que a dificuldades são imensas. Em seus 75 anos, nunca deixou de trabalhar. Entretanto, paga seu aluguel com muita dificuldade.
Pensando sobre a situação em que se encontram essas mulheres, Mariana traçou junto com Jajja a casa própria tão sonhada e decidiu que esse seria o seu trabalho de conclusão de curso em Arquitetura – um projeto sustentável, econômico, capaz de ser construída por mulheres, demandando esforço físico moderado e que seria, ao mesmo tempo, um curso de capacitação na construção civil para as mulheres de kikajjo.
Para tornar tudo isso possível, Mariana e sete estudantes de arquitetura estudaram os pontos objetivos e foram em busca de apoio através de um crowdfunding. As brasileiras conseguiram juntar mais de 70 mil reais em doações, dinheiro suficiente para comprar um terreno para Jajja e garantir a construção da primeira casa – que será daquela que dá o nome ao projeto!
Como bem diz o objetivo 10 da agenda 2030 (“reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles”), todos somos capazes de transformar a nossa própria realidade e também a do outro, seja em nossa terra ou mesmo em outro país. Através do projeto, a Casa de Jajja, a jovem mariana, de 24 anos, nos trás uma história inspiradora que ainda irá nos oferecer muitos capítulos.
Você pode ficar por dentro de todo o processo no site do projeto e também no instagram.
Que seja um exemplo para todos nós!
Até a próxima Quarta Gloriosa.