Salve, Gloriosxs! Outro dia recebi um recorte de jornal, de 1909, noticiando a morte de uma “pobre velhinha” de 42 anos… Pode parecer engraçado, mas a verdade é que a nossa sobre-vida aumentou muito à partir dos anos 1960. Os avanços na Gerontologia (ciência que estuda a idade avançada e seus impactos) tem, mais e mais, proporcionado a ideia de “velhice bem-sucedida”, aquela que é vivida de forma positiva, com empolgação, bem-estar e expectativa.
Um estudo entre a Universidade de São Paulo (USP) e de Campinas (Unicamp) aponta que “bem-estar” se divide em dois aspectos: o psicológico e o subjetivo. O primeiro está associado à autoaceitação (consciência das limitações), ao laços afetivos e À autonomia. Já o segundo, o bem-estar subjetivo, está ligado à satisfação, ao prazer e ao sentimento de pertencimento.
Bem-estar psicológico e subjetivo
Esses pesquisadores acompanharam 265 alunos da Universidade Aberta da Terceira Idade da USP e constataram que tanto o bem-estar psicológico quanto o subjetivo não diminuem com o avanço da idade, como já falamos no nosso blog. Pelo contrário!
O estudo mostrou que os idosos com 70 anos ou mais, pontuaram altos índices de satisfação com a própria vida. Não porque enfrentam menos dificuldades, mas porque desenvolveram maior inteligência emocional para lidar com elas, diferente das frustrações e ilusões que se alimenta enquanto jovem. Observam também que as mulheres pontuaram mais baixo em relação aos homens. Resultado das limitações de gênero, como a dependência a seus maridos e o pouco estímulo ao estudo.
E é nesse sentido que a pesquisa confirma a importância de um propósito, conforme também falamos em outro post do blog. Os espaços voltados para a vivência da terceira idade ajudam na adaptação dessa nova fase da vida criando uma rede de interação social e apoio emocional. Utilizando arte, educação, atividades físicas, compreendendo o próprio corpo e suas necessidades específicas, idosos ressignificam a ideia de velhice, trazendo uma nova perspectiva sobre a terceira idade, ativa e potente.
O Brasil tem a sexta maior população idosa do mundo, por isso é tão importante cobrar políticas públicas que promovam o bem-estar em todas as idades e que facilitem o acesso a esse conhecimento, como pede a Agenda 2030.
A terceira idade não é a reta final. É só a descoberta de uma nova forma de ser, cheia de possibilidades.
Um beijo e até a próxima Quarta Gloriosa.