Palavras alimentam o corpo com uma energia que não é medida em calorias. O poder delas alcança onde a gente não vê. Há poucos meses assistimos a tragédia com doze garotos de um time de futebol infantil tailandês e seu treinador, que ficaram presos por quinze dias em um complexo de cavernas na Tailândia, sem alimentos, com pouquíssimo oxigênio e pouca esperança de serem encontrados e salvos. O diferencial para o desfecho feliz veio do treinador, Ekapol Chanthawong, que já havia sido monge budista, e que com palavras serenas conduzindo os pensamentos, manteve no grupo a paz necessária à sobrevivência nos momentos críticos. A meditação manteve a chama da vida em meio a escuridão, com pouco ar, debaixo da terra.
Palavras mudam o ritmo da respiração. Podem nos acalmar, evitar um pânico e reduzir a nossa necessidade de oxigênio. Já aquelas agressivas podem desestabilizar nosso ritmo respiratório e deflagrar por exemplo, uma crise de falta de ar ou de asma. Gritos de guerra instigam a violência. Palavras serenas apaziguam a alma.
Palavras podem mudar o ritmo cardíaco: Quando proferidas com amor acalmam o coração de quem as ouve e de quem as diz. Quando despejadas em ira, geram taquicardias e elevação da pressão arterial em ambos. Além disso, podem ajudar a limpar o fígado e desfazer rancores. Isso traz leveza ao fígado e leveza aos movimentos corporais. Elas também podem afetar o funcionamento digestivo, levar a gastrites ou diarreias nervosas e podem também travar o livre transito intestinal.
Palavras podem encorajar. Mas também podem desestimular e enfraquecer a autoconfiança.
Palavras pesadas também sujam o ambiente. Palavras como “desgraça”, “maldição”, “inferno”, “capiroto” e seus sinônimos, que nem gosto de escrever, se repetidas todos os dias, geram uma nuvem negra na vida. As expressões pessimistas como a “não tenho sorte”, “tinha que ser comigo”, referindo-se aos contratempos que acontecem no cotidiano também devem ser evitadas, para não dar força e espaço a uma situação negativa que possa ter sido apenas circunstancial naquela hora e dia.
É comum ver pessoas adquirindo o hábito de falar palavrões, a princípio por brincadeira, mas depois incorporando-os nas frases do dia a dia. Palavras de baixo calão, mesmo que ditas sem sua intenção literal, também pesam o astral.
Na Medicina Chinesa, entre os exercícios indicados para viver bem a primavera, além de uma alimentação rica em hortaliças cruas e frutas frescas, está a escolha da palavra dita aos outros e a si mesmo.
A gentileza desbloqueia energias presas no peito, solta os músculos das costas e do rosto.Uma pessoa gentil desenha poesia em suas palavras e gestos e deixa um ar de alegria por onde passa. E sem saber, recebe bênçãos e energias do bem, vindas do em torno.
Boas palavras deixam os dias mais leves!