A educação é passada de geração para geração com o intuito de preservar e facilitar a vida. Com educação resolvemos mais facilmente as dificuldades em qualquer esfera. Gentileza e respeito são sinais de educação. Para educar-se é necessária a percepção dos porquês da assimilação dos conhecimentos. E tudo isso pode influenciar diretamente na educação alimentar.
Respeitar os sinais de trânsito, ceder lugar aos idosos, não furar fila, não jogar lixo no chão, também são sinais de educação.
Nem sempre a educação vem junto ao grau de escolaridade.
Lavar as mãos antes de preparar e comer um alimento é uma atitude educada que ajuda a evitar infecções. Sabemos disso porque nos contaram e percebemos que faz sentido.
A educação é formada através da percepção de situações vivenciadas e relatadas pelas gerações anteriores. Para plantar, por exemplo, é necessário saber como preparar a terra, semear, proteger o alimento e colhê-lo no tempo certo. Experiências, valores e costumes em uma determinada cultura, são transmitidos dos pais para os filhos.
A educação alimentar vem ganhando espaço à medida que estatisticamente vivemos mais e nos certificamos dos males e limitações que uma má alimentação pode trazer para a qualidade de vida. Biscoitos recheados, coxinhas de galinha (empanadas e fritas), refrigerantes e balas eram comuns na dieta escolar até cerca de dez anos atrás.
Hoje, porém, a conscientização sobre a importância de uma alimentação saudável desde cedo ganha cada vez mais força, resultando em mudanças nas cozinhas das casas e nas cantinas das escolas. No caminho da educação alimentar, é importante que o educador respeite a individualidade da pessoa e conheça seus hábitos atuais para que aos poucos haja uma redução do que sabidamente lhe faz mal e uma introdução e incentivo para que se priorize o que lhe faz bem. Simplesmente proibir determinados alimentos pode ser uma faca de dois gumes. Já vimos esta estória com Adão e Eva.
Para que haja educação alimentar tem que ter a educação do paladar.
Alimentos muito doces ou muito salgados viciam e, pelo que estudamos e percebemos, nos fazem mal. Quem ao longo de meses reduz o sal e o açúcar, espontaneamente passa a rejeitar maiores porções de alimentos mais doces ou mais salgados.
A educação alimentar para ser fixada tem que primeiramente ser percebida. Perceber o que cai pesado no estômago, atrapalha a digestão ou incha as pernas, pode ser um ponto de partida.
Grandes quantidades devem ser sempre evitadas. Nada deve ser muito. Quem é educado em sua forma de se alimentar percebe isso e por isso não repete o prato.