Um pouco mais sobre Nise
Quarta Gloriosa

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Capa Almofada Amor – Nise – o coração da loucura

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Nesta semana, Nise – o coração da loucura concorre a mais um prêmio no Festival de filmes latinos em Epernay, na França. Antes do lançamento do filme, eu falei um pouco aqui sobre a história da doutora e sobre minha experiência durante as gravações. Hoje, venho falar mais um pouco sobre o impacto deste processo como forma de agradecimento pelo sucesso maravilhoso do filme.

Nise – o coração da loucura

Em primeiro lugar, senti a necessidade de falar sobre a discussão que o filme traz para o público. Dentro de uma história real, Nise da Silveira mostra que foi uma pioneira em saúde mental já que o que existia até então era somente a tortura. Este foco no progresso, na educação, na independência e no olhar humano cai como uma luva para o momento em que vivemos. As pessoas reclamam o tempo inteiro sobre problemas de relacionamento e sobre o quanto ficamos cada vez mais estressados e enlouquecidos com a rotina. Muitas vezes, a agressividade e a intolerância com o outro estão dentro de casa mesmo e o amor, a paciência são deixados de lado.

Quem assiste ao filme, por mais indiferente que seja, sai com uma semente plantada dentro de si, pois é perceptível a possibilidade de fazermos tanta coisa com gestos mínimos, assim como esta médica revolucionária fez.

Além de ser grata por ter conhecido e interpretado Nise, participar deste filme aguçou a minha curiosidade para a questão do inconsciente. Através dos símbolos e arquétipos nas obras, a minha mente, sempre racional, abriu-se para um assunto nunca antes notado. Nunca fiz terapia e nem tive contato com a psicologia, por isso, conhecer este lado me fez crescer bastante como pessoa e atriz.

O meu desejo é que todos assistam ao filme e conheçam quem foi Nise, sim, mas além disso, que possam enxergar em seus atos a essência humana que existe dentro de cada um e acaba se perdendo por puro desleixo.

Beijos,

Gloria. ♥