Desde 2017, ruas de São Paulo são tomadas por crianças e muita cor. O projeto GIZ foi criado em agosto pela jornalista Ana Garnier, que após passar por um período atuando profissionalmente em comunicação, se encontrou com as Artes Plásticas. A proposta é simples: ocupar os espaços públicos e estimular as crianças a criar arte de rua apenas com o giz.
“GIZ é uma iniciativa com alma, que pretende mais do que a prática artística, quer dar voz ao lado emocional, mostrar a importância dos detalhes mágicos que a arte permite que a criança absorva e, acima de tudo, espalhar o valor que as memórias da infância têm para a formação de caráter do adulto.”
Praça Roosevelt, Avenida Paulista e o Elevado Presidente João Goulart (Minhocão) são pontos extremamente populares da capital paulista e onde as ações do GIZ aconteceram em sua maioria. O locais e os materiais escolhidos pelo projeto têm tudo a ver com a missão de tornar a arte fácil e acessível, por isso do giz, barato e tão presente nas memórias infantis sobre a escola, e espaços públicos, gratuitos e conhecidos.
“Com base em conceitos de educação humanística e de democracia inclusiva, na tentativa de apoiar o crescimento emocional e artístico dos pequenos, e transformar o futuro em um lugar melhor para todos, com pessoas de mentes pensantes e almas sensíveis, para lidar melhor com os desafios que estão por vir.”
Projeto Giz: arte livre e popular
O projeto cruza com diversas questões, conhecimentos e possibilidades. Ocupar a cidade, o espaço ocioso (como o Minhocão, recentemente oficialmente anunciado futuro parque público), resgatar as memórias da infância, o fazer manual, as brincadeiras de roda, um viver menos tecnológico, e a união da arte, aprendizado e diversão. Tudo isso constrói a potência do projeto GIZ.
A popularidade foi tamanha que em 2018 os encontros foram adaptados para o carnaval, o Bloquinho do GIZ. Mais de 5.000 pessoas ocuparam o Minhocão para a atividade.
Em 2019, impedidos pela subprefeitura da Sé, que proibiu realização de eventos realização no Parque Minhocão, Praça Roosevelt e Avenida Paulista, o Bloquinho do GIZ teve sua proposta alterada para o Desenhão Livre do Giz, que no dia 23 de fevereiro distribuiu 2.000 gizes para as crianças no elevado.
“A primeira vez que decidimos adaptar o nosso evento para o Carnaval foi no ano passado, em 2018. Foi um sucesso. Ao longo do dia, muitas pessoas que sabiam do evento e outras que apenas passavam pelo local, puderam viver o que é a proposta do GIZ: desenharam e brincaram, e participaram de um canto de marchinhas de cerca de 1 hora, com instrumentos simples de percussão, realizado em força coletiva, com a ajuda dos músicos do bloquinho amigo Sainha de Chita.”
Todo o material, em todas as ações do projeto, são doações. Além das pinturas, as edições sempre promovem parcerias com arte educadores, brincadeiras e oficinas. Os eventos são gratuitos, não visam fins lucrativos e todas as parcerias são voluntárias.
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