Este mês estamos pensando sobre como a tecnologia transformou completamente nossa vida e nosso dia a dia. Fomos ouvir o teórico de mídias e escritor americano Douglas Rushkoff, que cunhou o termo “Nativos Digitais”, e é um grande estudioso do fenômeno chamado por ele Presentismo, uma importante característica da era digital, que nos coloca em estado de “pausa”, constantemente interrompidos por mensagens, presos no eterno agora das atualizações. O uso do tempo, à favor do indivíduo parecia ser a grande vantagem da internet. Porém hoje já percebemos que o “tiro saiu pela culatra”. O que isso quer dizer?
À medida que evoluímos, regredimos?
A internet modificou completamente a ideia que tínhamos sobre o uso do tempo: Se por um lado, não é necessário sair de casa e ir até o banco realizar qualquer transação bancária, ou para qualquer lugar do mundo, por outro lado, estamos escravizados pela demanda constante em estar acessível 24h e ter que dar conta de tudo ao mesmo tempo!
Todos os assuntos são urgentes! A nossa devoção às mídias digitais fizeram a ideia do amanhã desaparecer. Nossa forma de viver as nossas relações pessoais mudou, como se estivéssemos congelados no instante do agora e apenas o momento presente importasse. Não parece claro que à medida que evoluímos em tecnologia, estamos regredindo em qualidade de vida?
O presentismo e o uso do tempo
Em 1970 o sociólogo e futurólogo Alvin Toffler, publicou “Future Chock” (Choque do futuro, em tradução livre), já naquela época defendendo a ideia de que as pessoas estavam sendo sobrecarregadas pelo rítmo acelerado das mudanças tecnológicas. A transformação da sociedade se dava mais depressa do que a maioria das pessoas conseguiam acompanhar. Vejam bem: 1970.
Em 2013, Rushkoff lançou “Present shock: When everything happens now” (”Choque do presente: quando tudo acontece agora”, em tradução livre). Para ele, desde o fatídico 11 de setembro, saímos da era do futurismo para o que ele chama de presentismo. A grande questão atual é: Como sustentar esse mundo, se há tantas urgências e se todas dependem de mim?
Assista este vídeo e conheça o sábado digital:
Ouçamos o mestre Rushkoff, quando ele nos diz: “A beleza do digital, é nos permitir poupar tempo e escolher uma atividade de cada vez, de acordo com a nossa disponibilidade.”
Beijos e boa desconexão!