Poesia de Cabeceira: Cecília Meireles
Quarta Gloriosa

Poesia de Cabeceira: Cecília Meireles

Poesia de Cabeceira: Cecília Meireles

Em dias de chuva ou sol, quando tudo está bem ou não, a poesia sempre cumpre seu papel de boa companhia. Basta escolher um livro e folhear algumas páginas para encontrarmos versos que conversam com a nossa realidade e por muitas vezes dizem tudo o que a gente precisa ouvir. Mesmo que alguns desses textos tenham sido escritos desde há muito tempo. Essa é a magia da literatura e por isso a minha dica pra vocês, nessa Quarta Gloriosa, é Cecília Meireles. Desde os 9 anos escrevendo poesias, é considerada a mais importante poeta da língua portuguesa do século XX.

Motivo

Cecília Meireles

Eu canto porque o instante existe

e a minha vida está completa.

Não sou alegre nem sou triste:

sou poeta.

 

Irmão das coisas fugidias,

não sinto gozo nem tormento.

Atravesso noites e dias

no vento.

 

Se desmorono ou se edifico,

se permaneço ou me desfaço,

— não sei, não sei. Não sei se fico

ou passo.

 

Sei que canto. E a canção é tudo.

Tem sangue eterno a asa ritmada.

E um dia sei que estarei mudo:

— mais nada.

 

Escritora, jornalista, professora e pintora, a poesia de Cecília ganhou destaque na segunda fase do modernismo no Brasil, no grupo de poetas que consolidaram a “Poesia de 30”, período político conhecido como “os anos de incertezas” e durante o qual trabalhou bastante pela educação. O período de 1930 a 1937 foi de instabilidade social e política, no que diz respeito à legitimação do novo regime implantado no País. Ficou proibido formar grupos nas ruas. A polícia política se fazia presente em todos os lugares da Capital do País, o Rio de Janeiro, e em outras capitais dos Estados da Federação.  

Em 1934, Cecília Meirelles funda a primeira Biblioteca Infantil do Brasil, no bairro do Botafogo, no Rio de Janeiro. Reconhecida internacionalmente, foi homenageada no Chile, com a “Biblioteca Cecília Meireles” em 1964. Em 1953, Cecília Meireles foi agraciada com o título de “Doutora Honoris Causa” pela Universidade de Déli, na Índia.

Cecília Meirelles já sabia que a educação é a nossa mais poderosa arma e a poesia, a melhor companheira!

 

Um beijo e até a próxima Quarta!

 

 

 

ENCAUCHADOS DA AMAZÔNIA - FOLHA APUI
ENCAUCHADOS DA AMAZÔNIA – FOLHA APUI

Comprar