Este nome nos parece onipresente – nanotecnologia. Ouvimos o tempo todo esta palavra, mas, de fato, o que realmente significa?
Nanotecnologia é uma referência à área do conhecimento humano que estuda as partículas de tamanho NANO, que apenas é uma referência matemática da notação de 10 ( ou notação das potências de 10, sistema matemático que os humanos inventaram para escrever números muito grandes ou muito pequenos {vide figura}); como por exemplo:
Kilo significa 10 elevado à potência de 3 ou ( 10x10x10) que significa 1.000, da mesma forma que nano significa 10 elevado a potência de menos 9 ou 0,000000001.
Esta tecnologia é utilizada pela natureza há bilhões de anos, e um exemplo dentro do nosso próprio corpo são os sais biliares, excretados pela vesícula biliar – pasmem- em nanossomas.
Então, queridos leitores, ninguém, se não a própria natureza inventou a nanotecnologia.
Este conhecimento não pode ser patenteado (como tudo o que foi criado pela natureza) e existe inclusive um curso de graduação em Nanotecnologia oferecido pela UFRJ/ Fundão desde 2010.
O uso da Nanotecnologia na medicina
Na medicina os usos são diversos pois contamos com “veículos” ( nanossomas) que antes não conhecíamos, para carregar ativos necessários ao corpo humano e que em sua maioria esmagadora das vezes era oferecido via oral (engolido pela boca), acarretando problemas como: digestão estomacal com pH extremo e inativação de muitos compostos (perda da função química), absorção intestinal prejudicada pela própria condição dos intestinos humanos atuais (falaremos sobre disbiose em futuro próximo), metabolização hepática congestionada por toda sorte de drogas, toxinas e agrotóxicos e a própria distribuição da droga em seu alvo, muitas vezes sofrendo interferências dos mais diversos fatores e não chegando de fato onde imaginávamos que chegaria, ou necessitando cada vez doses mais elevadas.
A nanotecnologia veio para ajudar a medicina no sistema de entrega eficiente de ativos necessários para tratar as mais diversas condições, e como exemplo carrear hormônios bioidênticos ou anti-inflamatórios, e até mesmo, cosmecêuticos ( ativos com ação cosmética, que serve para o embelezamento da pele, cabelos e unhas) de forma muito eficiente, pois pequena que é, esta partícula vai longe!
*Colaboração Dra Janaína Barboza
CRM 52. 82. 724-0
04/04/18