Salve, Glorioses. O Objetivo 5 da Agenda 2030 (Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas) me traz à memória a história da Dra Joana D’Arc de Souza, brasileira, nascida em família paupérrima de Franca, interior de São Paulo, cujos estudos a levaram a fazer seu pós-doutorado em Harvard, onde se tornou Phd em Química. Hoje ela tem mais de 15 patentes e 82 prêmios na carreira.
O exemplo de Joana me faz pensar em todas que ao longo da história conseguiram atravessar inúmeras barreiras para seguir o caminho da ciência.
Mulheres na ciência e a igualdade de gênero
A figura feminina tem sido constantemente “apagada” dos grandes feitos científicos, como nos lembram as biografias de Rosalind Franklin (cientista química, cuja foto de sua autoria mostrou que a estrutura do DNA era uma hélice dupla, mas sequer foi citada no estudo que rendeu o Nobel de Química e Medicina de 1962 ao trio James Watson, Francis Crick e Maurice Wilkins); a física judia Lise Meitner (que desenvolveu estudos sobre a divisão dos átomos, a chamada “fissão nuclear” e que perdeu o Nobel de 1944 para o seu parceiro Otto Hahn), ou ainda do trio inspirador do filme Hidden Figures, (literalmente “figuras escondidas”) Katherine Johnson, Dorothy Voughan e Mary Jackson (cujos cálculos colocaram a Apolo 13 no espaço).
Saber que ainda hoje mulheres são sub-representadas pode ser incômodo, mas não pode ser um freio. Se nós somos a estatística, nós podemos mudá-la. Os dados da Unesco dizem que 90% dos empregos do futuro exigirão alguma forma de habilidade em novas tecnologias. O conhecimento é o combustível para o nosso futuro!
O reconhecimento tardio à contribuição de Rosalind Franklin fez com que a Agência Espacial Europeia, como parte do programa ExoMars, nomeasse a sonda que irá explorar Marte em 2021 com seu nome. Por suas contribuições no campo da ciência e sua dedicação aos estudos do DNA, Rosalind estará literalmente entre as estrelas.
Um beijo e até a próxima Quarta Gloriosa.
