Fechando o mês de Maio, quero saudar mulheres históricas brasileiras, que foram vitoriosas na luta por um ideal.
Nomes como o de Nísia Floresta, autora do primeiro livro feminista brasileiro, escrito em 1832, fundadora de uma revolucionária escola para moças, no Rio de Janeiro. Ou então, Chiquinha Gonzaga, primeira mulher a reger uma orquestra, ter composto em 1889 a primeira marchinha de Carnaval e ter lutado em favor da abolição da escravatura.
Não podemos esquecer de Dandara dos Palmares que se rebelou contra o escravagismo, lutando ao lado de Zumbi. Nem de Maria da Penha que, sobrevivendo à duas tentativas de homicídio pelo marido, inspirou a Lei que leva seu nome e que é garantia de justiça às mulheres. Além de Zilda Arns, pediatra e sanitarista que dedicou sua vida ao combate da desnutrição infantil.
Há, ainda, Maria Lenk, única nadadora brasileira a ser introduzida no Swimming Hall of Fame- USA. Tarsila do Amaral, que revolucionou a pintura com seu Abaporú- a tela brasileira mais valiosa de todos os tempos. E, claro, Nair de Teffé, nossa Primeira Dama, a primeira mulher cartunista, que escandalizou a sociedade quando abriu os salões presidenciais ao maxixe – ritmo musical considerado impróprio além de ter introduzido as calças compridas no guarda-roupa das brasileiras.
As mulheres históricas de minha carreira
Em minha carreira, tenho interpretado mulheres históricas, gloriosas, heroínas reais que quebraram paradigmas no Brasil. Como, por exemplo, a psiquiatra Nise da Silveira, que revolucionou os tratamentos convencionais na década de 1940 em pacientes diagnosticados com esquizofrenia, tendo se tornado discípula de Carl Jung. Lota de Macedo Soares, a criadora do Parque do Aterro do Flamengo- RJ. E a Dona Lindú, mãe-coragem que, fugindo da grande seca no Nordeste brasileiro e de um marido abusivo, aventura-se com os nove filhos para São Paulo e vê o filho Lula se tornar presidente da República.
Vamos celebrar estas e tantas outras mulheres históricas que romperam padrões, ampliando a participação da mulher na política, na saúde, nas artes, na ciência, no esporte, no urbanismo e na música. Por causa delas estamos aqui, hoje!
No mês de Junho, eu e a Bemglô falaremos sobre as relações humanas em seus muitos aspectos. Até lá!
Beijos