Folheando uma edição de 2016 da revista Superinteressante, a qual gosto muito, encontrei uma matéria sobre a história do Natal, que compartilho com vocês à título de curiosidade. Independente de religião, gosto de me ater ao encontro, à oportunidade de reunir, numa noite tão especial, as pessoas que estão ao meu lado durante todo o ano, nada mais digno que comemorar com quem faz a diferença em minha vida: bons amigos, boa comida e espírito elevado.
“A história do Natal começa há pelo menos sete mil anos antes do nascimento de Jesus e tem um motivo bem prático: celebrar o solstício de inverno (hemisfério norte), com o sol ficando cada vez mais tempo no céu, até o auge do verão. Num tempo em que o homem deixava de ser um caçador errante e começava a dominar a agricultura, a volta dos dias mais longos significava a certeza de colheitas no ano seguinte.
Cultuar Mitra, o Deus da Luz, no 25 de dezembro era nada mais do que festejar o velho solstício de inverno – pelo calendário atual, diferente daquele dos romanos, o fenômeno na verdade acontece no dia 20 ou 21, dependendo do ano.
O culto a Mitra chegou à Europa por volta do século 4 a.C., quando Alexandre, o Grande, conquistou o Oriente Médio. Centenas de anos depois, soldados romanos viraram devotos da divindade. Mitra, então, ganhou uma celebração exclusiva: o Festival do Sol Invicto. Enquanto isso, dentro das casas, todos se felicitavam, comiam e trocavam presentes”, dizem os historiadores Mary Beard e John North no livro Religions of Rome (“Religiões de Roma”, sem tradução para o português).
As datas religiosas mais importantes para os primeiros seguidores de Jesus só tinham a ver com o martírio dele: a Sexta-Feira Santa (crucificação) e a Páscoa (ressurreição). O costume, afinal, era lembrar apenas a morte de personagens importantes. Líderes da Igreja achavam que não fazia sentido comemorar o nascimento de um santo ou de um mártir – já que ele só se torna uma coisa ou outra depois de morrer.
Sem falar que ninguém fazia ideia da data em que Cristo veio ao mundo – o Novo Testamento não diz nada a respeito. Só que os fiéis de Roma queriam algo para fazer frente às comemorações pelo solstício. E colocar uma celebração cristã nessa época viria a calhar. Assim, em 221 d.C., o historiador cristão Sextus Julius Africanus cravou o aniversário de Jesus no dia 25 de dezembro, nascimento de Mitra.
A Igreja aceitou a proposta e, a partir do século 4, quando o cristianismo virou a religião oficial do Império, o Festival do Sol Invicto começou a mudar de homenageado. “Associado ao deus-sol, Jesus assumiu a forma da luz que traria a salvação para a humanidade”, diz o historiador Pedro Paulo Funari, da Unicamp.
Natal: uma data de muitas histórias
Ao longo da Idade Média, enquanto missionários espalhavam o cristianismo pela Europa, costumes de outros povos foram entrando para a tradição natalina. A que deixou um legado mais forte foi o Yule, a festa que os nórdicos faziam em homenagem ao solstício. O presunto da ceia, a decoração toda colorida das casas e a árvore de Natal vêm de lá, além da ideia de um ser sobrenatural que dá presentes para as criancinhas. Em algumas tradições escandinavas, um gnomo cumpre esse papel.” Por Alexandre Versignassi.
Sendo assim, já que o Natal é uma união de diversas culturas como vimos acima, porque não acrescentar sabores brasileiros e tropicais à nossa ceia? Principalmente por ser sustentável, reforça a ideia de celebrar a vida do nosso planeta. Para mim, reunir a família, consanguíneo ou não, é o que traz significado à esta comemoração!
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Na próxima Quarta Gloriosa fechando o ano, vamos nos preparar para 2018. Vai ser incrível!
Beijos,