A beleza da arte circense
Arte & Cultura

A beleza da arte circense

A beleza da arte circense

A cada noite um espetáculo e a cada semana uma nova cidade, com novo público, paisagem e inspirações: assim remontam a vida dos artistas de circo desde a antiguidade. Com a única pretensão de entreter, o circo é um coletivo de artistas das mais variadas categorias que se unem e levam o seu palco a qualquer lugar: grandes cidades, interior ou periferia. A estrada é a companheira dos profissionais da arte circense e levá-la para todos os públicos é o que os movem. Assim é desde os Saltimbancos, famílias de artistas que no século XII viajavam de cidade em cidade, fugindo da repressão da Igreja em plena Idade Média, levando sua arte.

O registro mais antigo que se tem notícia sobre algo similar ao circo que conhecemos hoje é o famoso Circus Maximus, a maior arena da Roma do século VI a.C, com capacidade de até 150 mil pessoas para acompanharem corridas de biga, uma variação da corrida de cavalos.

O espaço era utilizado também para jogos e apresentações artísticas, e este foi o primeiro modelo para os circos do Império Romano. No formato atual, com direito ao tradicional picadeiro circular, o primeiro foi o Royal Amphitheatre of Arts (Anfiteatro Real das Artes), idealizado pelo x-militar inglês Philip Astley em 1768 na cidade de Londres. As apresentações ainda remontavam à tradição de atividades equestres, mas Philip introduziu aos intervalos exibições com palhaços para descontrair o público. Tem-se aí, com palhaço, picadeiro, lona e apresentações de animais, o primeiro escopo do circo que permanece ainda hoje.

No Brasil, a arte circense chega em meados do século XIX, quando chegaram ao país diversas famílias e companhias artísticas que como os Saltimbancos viajavam cidade a cidade. A tradição dos circos familiares é muito rica e sempre esteve ligada aos ciganos e com a missão de levar arte para as camadas mais populares.

As apresentações incluíam domadores, ilusionistas e malabaristas entre os principais espetáculos, que eram modificados a cada cidade a partir do contexto local. Ainda hoje há pelo país algumas companhias pequenas e familiares que mantêm viva a história da arte circense, mas com o passar do tempo, outras artes foram adicionadas ao circo, como o teatro e balé, e grandes companhias surgiram, com investimento e produção, com uma proposta de arte contemporânea. É o caso do  Cirque Du Soleil, uma companhia canadense fundada ainda nos anos 80 que viaja o mundo com shows de grande porte.

Independente do tamanho do circo, a magia sempre está em seu corpo humano. A arte do circo é uma arte humana. O grande picadeiro e a tradicional lona circular estão em nosso imaginário, mas são os artistas que comandam o show e marcam a nossa memória. Em circos familiares, que circulam pelas pequenas cidades do país, ou nas grandes companhias que rodam o mundo, o que estrutura é o mesmo: a paixão de diversas pessoas em levar a arte adiante, seja ela qual for.

A essência da arte circense

Os palhaços atuam com o riso, os malabaristas, contorcionistas e equilibristas com os limites do corpo, os ilusionistas e mágicos com os truques da mente… hoje ainda somam-se diversas outras linguagens artísticas, mas a vontade de entreter é o que une esses diferentes profissionais em um bem comum. A criatividade, amor e dedicação dessas pessoas é o que faz a magia e arte do circo.

Hoje, com dados do Portal Circonteúdo, há cerca de 200 circos itinerantes no país. Muitos desses, com escolas que mantém viva a arte circense. É o caso do Circo Girassol, de Porto Alegre. Outras grandes e tradicionais escolas são referência, como a Escola Nacional de Circo, fundada em  1982 no Rio de Janeiro, a Escola Pernambucana de Circo, que atua em Recife desde 1996 e a Escola Picolino de Artes do Circo, que desde 1985 se mantém em Salvador.

É importante ressaltar também que neste ano o Brasil dá um novo passo em valorização à arte circense e receberá pela primeira vez o Monte-Carlo International Circus Festival, maior premiação de circo do mundo que atua desde 1974. Cerca de 70 artistas do mundo todo poderão se inscrever e serão avaliados pela novidade, originalidade e habilidades de alto desempenho. De 02 a 06 de maio, serão dois dias para apresentações iniciais (dias 2 e 3), para competição (dias 4 e 5) e uma grande final. Acesse o site do “Oscar do Circo” para saber como se inscrever para participar ou comprar o ingresso para assistir de perto esse enorme show.

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