De acordo ao relatório “Mortes Violentas da População LGBT no Brasil”, divulgado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) em fevereiro de 2019, um LGBT é morto no país a cada 19 horas vítima de LGBTfobia, a discriminação exclusiva por sua identidade de gênero e/ou orientação sexual. Apenas em 2018, foram 420 casos.
Neste cenário, a Casa Um é uma instituição de São Paulo referência no acolhimento de lésbicas, bissexuais, gays e transgêneros em situação de vulnerabilidade social e violência doméstica. Fundada em 2016 pelo jornalista Iran Giusti, a organização não governamental já acolheu mais de 200 jovens de forma fixa, 40 crianças, atende diariamente 100 pessoas com necessidades básicas como roupas e higiene, além de oferecer também aulas de línguas, costura, yoga e manter uma clínica para atendimento médico de cerca de 70 pessoas.
As ações da Casa Um
Apesar de ser conhecida num primeiro momento como uma república para LGBTs expulsos de casa, a Casa Um se divide, na verdade, em três subprojetos: República de Acolhida, Centro Cultural e Clínica Social.
A República de Acolhida mantém hoje 20 vagas fixas para LGBTs em situação de rua, onde recebem todo o apoio necessário para se estruturarem em três meses de estadia garantidos. Fica localizada no centro de São Paulo, na Rua Condessa de São Joaquim, bairro de Bela Vista.
A algumas quadras dali, na Rua Adoniran Barbosa, está o Galpão Casa 1, onde são realizadas as atividades culturais e de ensino. Os dois pavimentos do prédio reúnem biblioteca comunitária, salas de aula, ateliê e salão, todos batizados em homenagem a grandes mulheres do movimento LGBT. Com atendimento de segunda à segunda, de 10h às 22h, o espaço acolhe cerca de 200 alunas e alunos em 12 horas diárias de atividades.
Já na Rua Lettieri fica a Clínica Social Casa Um, que realiza cerca de 900 atendimentos em saúde por mês e mais de 200 pessoas em processos psicoterápicos e de terapias complementares ofertados gratuitamente ou com valores sociais.
Desde ofertar moradia ao acompanhamento médico e promoção de cultura e educação, a Casa Um se solidifica no cenário brasileiro como um modelo de promoção dos direitos humanos que pouco a pouco se replica pelo país, apesar das barreiras financeiras.
Como ajudar a Casa Um
Sendo uma ONG, sem fins lucrativos, a Casa Um se financia através de doações e apoio popular. Após três anos de atividade, como noticiou o jornal Huffpost, a Casa Um inaugurou 2019 cogitando fechar as portas por problemas financeiros, desencadeando em uma enorme movimentação online para seu financiamento.
Com orçamento mensal de 50 mil reais, dentre aluguel, alimentação, transporte, equipe, materiais, dentre outros, foi através da plataforma Benfeitoria que o projeto conseguiu praticamente dobrar esse valor de arrecadação mensal, garantindo a manutenção do funcionamento de todas as instalações até o final de 2020.
2.940 pessoas contribuem com doações mensais com o projeto, que com este apoio viabiliza a expansão da Republica de Acolhida, aumentando para 35 vagas fixas, e a também expansão da Clínica Social.
Acesse a plataforma caso queira ser um doador mensal, com valores mínimos de R$10 reais. Na plataforma, também, é possível acessar o balanço de gastos e também acessar os dados bancários caso queira fazer uma colaboração pontual.
Acompanhe também todas as atividades (e ajude a divulgar!) da Casa Um através das redes sociais: Instagram e Facebook. Para outros tipos de apoio e trabalho voluntário, entre em contato através do site oficial.