O Doutores da Alegria leva a arte, o riso e a alegria do palhaço para dentro do universo da saúde há quase 30 anos! O projeto surgiu em 1991, fundado por Wellington Nogueira, e desde então reúne três unidades, 70 profissionais e mais de 1 milhão e 700 mil visitas a hospitais. Os palhaços realizam visitas semanais e deixam a rotina hospitalar mais leve para as crianças através de brincadeiras lúdicas divertidas. Além dos palhaços nos hospitais, atividade principal da associação, o grupo ainda realiza cursos de formação e atividades em escolas e empresas.
O Doutores da Alegria surgiu em 1991 na cidade de São Paulo, após Wellington Nogueira participar do elenco da Big Apple Circus Clown Care Unit, primeiro grupo de palhaços profissionais que visitam crianças hospitalizadas no mundo. A oportunidade para o elenco surgiu quando o fundador estudou na Academia Americana de Teatro Dramático e Musical de Nova Iorque. Ao final do curso, usou toda essa experiência para trazer o modelo ao Brasil, dando início às atividades do grupo na capital paulista.
Ao longo dos anos, expandiu a atuação para o Rio de Janeiro e Recife, e recebeu importantes prêmios como o Prêmio Criança da Fundação Abrinq Pelos Direitos da Criança em 1997, o Stockholm Partnerships Award em 2002, e o Prêmio Cultura e Saúde do Ministério da Cultura nos anos de 2009 e 2010. A Divisão Habitat da ONU ainda colocou o Doutores da Alegria na lista das 100 melhores práticas globais nos anos de 1998 e 2000. Ao todo, são mais de 15 certificações.
Todo esse reconhecimento não é a toa. Com o primeiro projeto, os artistas interagem com crianças, adolescentes e outros públicos em situação de vulnerabilidade e risco social em hospitais públicos de São Paulo e Recife. A proposta é resgatar o poder da imaginação dos internos e contribuir com a sua saúde. São brincadeiras, jogos, intervenções de arte… atividades para inspirar afeto no ambiente hospitalar.
Na capital paulista, são atendidos os hospitais do Campo Lindo, Mandaqui, Geral do Grajaú, Santa Marcelina, Municipal M’boi Mirim, o Hospital Universitário da USP, o Instituto da Criança do Hospital das Clínicas e o Instituto de Tratamento do Câncer. No Recife, são os hospitais Barão de Lucena, da Restauração, o Hospital Universitário Oswaldo Cruz e o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – Imip.
Já o Plateias Hospitalares é um projeto que reúne companhias artísticas em apresentações mensais em hospitais públicos do estado do Rio de Janeiro. As companhias passam por seleção e curadoria do Doutores da Alegria. O foco desse projeto é a promoção e acesso da cultura para todos os públicos: crianças, adultos e idosos. Desde 2009 e até 2017, foram realizadas mais de 72 apresentações para mais de 14 mil pessoas. Os hospitais atendidos foram os estaduais Alberto Torres, Azevedo Lima, Eduardo Rabello, Adão Pereira Nunes, além do Hospital Municipal da Piedade e o Hospital da Mulher Heloneida Studart.
Além dos projetos nos hospitais, o Doutores da Alegria também organiza a Escola dos Doutores da Alegria, um centro de arte com dois sistemas de formação. O Sistema Lúdico de Saúde é um programa pensado para o público geral, maior de 18 anos, que não necessariamente tem foco na prática artística, como consta no próprio portal da Escola. “O sistema é destinado a uma experiência e acolhe princípios básicos do jogo cênico, como o brincar, o olhar, a escuta. É uma proposta de reconexão com características originais do ser humano, como a habilidade de brincar e, a partir disso, a possibilidade de recriar a nós mesmos. Além dos cursos, há encontros temáticos com filósofos, especialistas em temas relevantes à atualidade e atividades com outras formas artísticas como assistir a filmes, a espetáculos e idas a museus”.
Já o Sistema de Formação e Prática Artística foi pensado para jovens aspirantes a palhaços. Há a formação básica, o Programa de Formação de Palhaço para Jovens e também o curso de Palhaço Interventor, voltado a profissionais da arte interessados em ressignificar a própria arte. A formação exige disciplina, treino, pesquisa e horas de dedicação.
“O palhaço como linguagem não existe sem o outro, seja o outro uma paisagem, um objeto, um alguém, um sentimento. No seu reflexo, no seu comentário, na sua estrutura, é quase sua razão de existir. Somos artistas, acreditamos que a arte tem potência de eixo, tange o ser humano de maneira subjetiva e profunda, provocando e promovendo, reavivando as emoções e despertando o pensamento e a ação.”
Como parte das criações artísticas, o projeto já realizou 13 espetáculos com público de mais de 100 mil pessoas. Dentre esses, o Dramalhaço, espetáculo com o olhar do palhaço sobre temas como loucura, neuroses e existencialismo; o Vamos Brincar de Médico, primeira produção infantil dos Doutores da Alegria; e o Numvaiduê, espetáculo de 25 anos do Doutores da Alegria e indicado ao Prêmio Femsa de melhor espetáculo infantil, com direção de Gustavo Kurlat, premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte 2018. Confira aqui todos os espetáculos da associação.
As atuações do Doutores da Alegria, apesar do grande alcance e impacto imensurável na vivência das crianças, adultos e idosos no ambiente por vezes difícil do hospital, são gratuitas e sobrevivem apenas com o patrocínio de empresas e incentivo de pessoas físicas. Você pode contribuir com o trabalho deles com doações únicas ou regulares a partir de 30 reais. Também é possível doar com pontos de milhagem, imposto de renda, nota fiscal paulista, entre outras modalidades. Acesse aqui para contribuir com essa história.
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Conheça os Doutores da Alegria nas unidades abaixo.
São Paulo
Rua Alves Guimarães, 73
Pinheiros – 05410-000
(11) 3061-5523
Rio de Janeiro
Rua Sebastião de Lacerda, 47
Laranjeiras – 22240-110
(21) 2297-4176
Recife
Rua Dona Maria Cesar, 170
Edifício Luciano Costa – sala 201 B
Recife Antigo – 50030-140
(81) 3466-2373 ou (81) 3463-0866