Desde 1990, quando ocorreu nos Estados Unidos a primeira “Corrida Pela Cura”, na cidade de Nova York, outubro ficou conhecido como o mês-símbolo da luta contra o câncer de mama. Na ocasião, a Fundação Susan G. Komen for the Cure, organizadora do evento, distribuiu aos participantes laços cor-de-rosa, que representa a campanha do Outubro Rosa desde então, que ocorre ainda hoje e anualmente.
Outubro Rosa e conscientização
Rosa como o laço, o Outubro Rosa simboliza a preocupação mundial sobre a saúde feminina, sendo o câncer de mama o seu carro chefe. Durante todo o mês, a campanha conscientiza que as mulheres conheçam o próprio corpo e tenham uma rotina médica adequada, assim como incentiva organizações sociais, instituições de saúde e empresas privadas a realizarem mutirões de exames e encaminharem a postos que oferecem tais serviços. No combate ao câncer de mama, a prevenção é o melhor caminho e por isso a conscientização é tão importante.
Embora a manutenção da saúde feminina deva ser realizada ao longo de todo ano, assim como exames frequentes, outubro é um período simbólico para que toda a sociedade participe do controle do câncer. Como aponta o Instituto Nacional do Câncer (Inca), para o Brasil estimam-se 59.700 casos novos de câncer de mama entre 2018 e 2019. Apesar disso, em 2017 foram realizadas apenas 2,7 milhões de mamografias quando o esperado eram 11 milhões. 24% abaixo do esperado e muito abaixo dos 70% indicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Essa modalidade de câncer é causada pela multiplicação de células anormais da mama, formando um tumor. Para todos os tipos, as causas são variadas e a idade é um dos fatores de risco mais eminentes. Ainda segundo o Inca, quatro entre cinco casos ocorrem após os 50 anos. O instituto organiza os fatores em três grupos: comportamentais, hormonais e hereditários. No primeiro, fatores como sobrepeso após menopausa, sedentarismo, consumo de bebida alcoólica e exposição frequente a raios-x; do segundo, reposição hormonal pós-menopausa, uso de contraceptivos hormonais, menopausa após os 55 anos, primeira gravidez após os 30, dentre outros; assim como do terceiro grupo, fatores como histórico familiar de câncer antes dos 50 anos, de câncer de ovário ou mesmo câncer de mama em homens. Tais fatores, porém, não são determinantes. O imprescindível, sempre, é o acompanhamento médico.
A importância da prevenção
Como hábitos para prevenir quadros de câncer de mama, o hábito de amamentar é um fator super importante como também lista o Inca. Também, 30% dos casos podem ser evitados com atividades físicas regulares, alimentação saudável e peso corporal adequado. Além disso, é preciso atenção aos sintomas: caroço endurecido e geralmente indolor; pele da mama avermelhada e retraída; alterações no mamilo; nódulos na região das axilas ou pescoço; e saída espontânea de líquido dos mamilos. O autoexame, o apalpamento de tais regiões com frequência é importante na identificação de algum desses sintomas e diagnóstico. Por isso, ao sinal de qualquer anormalidade, procure orientação especializada.
A campanha 2018 do Inca tem como tema “Câncer de mama: vamos falar sobre isso?”, pois a detecção precoce, quando em fases iniciais, é fundamental para maiores chances de cura da doença. Ainda que os sinais explicados acima não sejam aparentes ou não haja qualquer sintoma, a orientação é de que mulheres de 50 a 69 anos façam o exame de mamografia de rastreamento a cada 2 anos. Quanto mais cedo for a detecção, menos agressivo será o tratamento. Já a mamografia diagnóstica, quando há sintomas e mediante encaminhamento médico, pode ser realizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde em qualquer idade, a depender do quadro.
Se informe sobre sua própria saúde. Acesse aqui a cartilha oficial do Instituto Nacional do Câncer .
