Discos, poesias, documentários, trechos de músicas e até instrumentos criados pelo próprio cantor… de tudo por der encontrado na linha do tempo criada pela Caixa Cultural em homenagem aos 80 anos de vida de Tom Zé. Com curadoria de Bete Calligaris, a mostra que segue até dia 20 de maio no centro de São Paulo abre o tesouro criativo do artista e toda a sua história, desde o trajeto da infância no interior da Bahia até o reconhecimento internacional.
“Me lembro que saía para a rua para aprender como era São Paulo para poder cantar”, contou Tom Zé ao jornal O Globo. O cantor teve importante influência nos anos 80, mas foi pós anos 2000 sua fase mais produtiva. Suas canções se esquivam do amor e vão para o mundo. Falam da cidade, dos que povoam essas ruas e dialoga sobre o cotidiano que todo brasileiro conhece bem.
Desde Irará, município com quase 30 mil habitantes no interior da Bahia, o cantor passou pela megalópole São Paulo e até pela Europa esteve com sua música. Seu disco “The best of Tom Zé”, de 1990, foi o único brasileiro a estar entre os mais influentes da década nos Estados Unidos. 8 anos depois, em 1998, seu disco “Com defeito de fabricação” foi eleito um dos dez mais importantes do ano pelo renomado The New York Times.
Sobre a exposição Tom Zé
Toda essa trajetória pode ser vista na mostra da Caixa Cultural. 24 discos completos estão abertos para a visitação. Em uma linha do tempo que percorre o espaço, os fãs e curiosos podem compreender o passo a passo que levou o artista ao reconhecimento internacional. Toda a sua criatividade esbanja ainda mais o seu talento. Tom Zé não só compõe, canta e toca, como cria também instrumentos musicais, como o Buzinório, feito com cano PVC.
Se você já é fã do artista, passar pela Caixa Cultural é obrigatório. Ou mesmo se é apenas um amante da música brasileira, esta experiência vai te aproximar ainda mais desse universo. A exposição é gratuita e pode ser visitada até o dia 20 de maio, de terça a domingo entre 9h e 19h. O Centro Cultural fica localizado no número 111 da Praça da Sé, centro da capital paulista.