A arte é uma poderosa cura pois ela higieniza a nossa mente e abre espaço para novos saberes e conhecimento. Seja através da literatura, da pintura, do cinema sempre podemos nos beneficiar de experiências que envolvam arte.
No campo da saúde, a arte vem sendo empregada como ferramenta para diminuição de sintomas e até mesmo a cura de uma série de situações.
Chama-se arteterapia a prática terapêutica alternativa que busca, por meio de expressões artísticas, libertar o paciente de males físicos, psíquicos e emocionais.
Basicamente, a pessoa submetida a esta prática é estimulada a externalizar da maneira que lhe for possível, questões muitas vezes sufocadas e reprimidas, de forma criativa e lúdica, fazendo uso da imaginação.
Não existe faixa de idade para fazer arteterapia. É desejável apenas que a pessoa não utilize técnicas que dominam em princípio, ou seja, se o paciente já tem o hábito de escrever poesia, será indicado outro meio de comunicação artística para que sejam trabalhadas novas e diferente situações.
A comunicação do interno com o externo através da arte que proporciona a cura
Dentro disso é permitido cantar, pintar, desenhar, dançar, escrever, fotografar, interpretar, estimulando para tal o uso das emoções e dando vazão a sentimentos que podem ser causadores de problemas de saúde.
A arteterapia é relativamente nova quando a comparamos a outros métodos utilizados no campo da saúde mental. Na década de 20, o psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Gustav Jung, começou a usar a arte como auxiliar no tratamento psicoterápico, relacionando as imagens produzidas com representações do inconsciente pessoal e coletivo.
No Brasil, a doutora Nise da Silveira, introdutora do pensamento e das práticas de Jung na psicoterapia, começa a incluir a terapia ocupacional em seus trabalhos, sendo notória a sua contribuição para o reconhecimento deste método, bem como sua afirmação como símbolo do movimento da psiquiatria social no nosso país.
Não existem limites para o poder transformador da arte e a arteterapia vem provando que todas as pessoas são capazes de dar voz e expressão ao que de mais profundo reside em cada um, revelando os caminhos para a autocura em grande parte dos casos e mostrando que é possível se restaurar a saúde, autonomia e a autoestima do paciente através de metodologias mais humanas e libertadoras.