Sob o ponto de vista clássico, o turismo social trata da realização de viagens de lazer para segmentos populares da sociedade e para grupos em situação de vulnerabilidade.
Isso significa abrir caminhos para os que não têm oportunidade de participar dos benefícios econômicos da atividade turística, com vistas a uma distribuição mais justa da renda e à geração de riqueza.
Diferente do voluntarismo e do turismo cultural, o conceito do turismo social é adaptar algo, antes inacessível a quem não tem condições de alcançar por algum motivo. É tornar acessível aquilo que é de carácter essencial para o desenvolvimento da vida em particular e em sociedade ou seja, o direito de lazer, de viajar e de se conhecer, além de conhecer diferentes culturas e pessoas das mais variadas esferas socioeconômicas.
Entre as muitas atividades disponíveis, é possível ensinar inglês em orfanatos na Tailândia ou no Peru, auxiliar em aulas de equitação para pessoas com deficiência na África do Sul, ser voluntário em uma clínica de medicina alternativa na Índia ou cuidar de crianças vítimas de abuso no Chile.
Há também projetos com viés ambiental, em santuários de felinos ou de aves raras, parques de elefantes e reservas de animais selvagens em países como África do Sul e Namíbia.
Algumas organizações que oferecem turismo social
No Brasil existem algumas organizações que levam pessoas a países remotos do mundo para participar de trabalhos sociais. A duração dos pacotes varia, em média, de duas semanas a um ano, e os empregos disponíveis são variados.
Destacamos a ActionAid e o programa “Mão na Massa”, que leva brasileiros para conhecer projetos e beneficiários da ONG internacional dentro e fora do país. A Aiesec e o projeto “Cidadão Global”, que leva jovens de 18 a 30 anos para fazer intercâmbios sociais em vários países (É preciso cursar graduação ou pós-graduação ou ter no máximo dois anos de formado).
Além dessas, existe a CI, agência de intercâmbio que possui roteiros voltados para trabalho voluntário em países como África do Sul, Peru, Sri Lanka, Namíbia e Índia. Eles tem projetos com foco social, em lugares como centros de saúde ou orfanatos e ambiental, em santuários de aves, elefantes e felinos, por exemplo.
Já a empresa Experimento oferece diversas opções de viagens com foco em voluntariado. Entre elas, trabalhar em uma fazenda orgânica na África do Sul, ajudar uma instituição que preserva a cultura turca em Istambul e ensinar inglês para crianças na Tailândia ou no Peru.
Por último, destacamos a STB e os programas de trabalho voluntário com crianças e adolescentes, idosos, mulheres, animais e projetos ambientais. Os destinos incluem África do Sul, Seychelles, Costa Rica, Índia, Thailandia, Nepal, Sri Lanka, Vietnã, Argentina e Guatemala. Podem participar dos programas pessoas com idade a partir de 18 anos.
Portanto, que tal a sua próxima viagem envolver um destino em que você faça parte de um ambiente de inserção e respeito, que confere benefícios sociais e educativos? Essas iniciativas turísticas permitem a evolução de cada indivíduo como pessoa e como cidadão. Uma prática sustentável que é tudo de Bemglô!