Com a fibra da bananeira e sua madeira os moradores da pequena cidade de Capitão Enéas produzem peças decorativas. Os artesãos começam pelo corte da bananeira, separam as fibras que são lavadas com vinagre. Após a secagem, a palha fica pronta para ser trançada. Outro processo usado é o de fervura da fibra que depois de triturada se torna uma polpa. Os artesãos moldam essa massa dando forma a peças únicas, como o casulo de marimbondo que tem sido utilizado como luminária. O grupo ainda trabalha com a técnica do entalhe, criando peças que imitam diferentes frutas, como jaca, banana, manga, caju, entre muitas outras. A madeira utilizada é de demolição, ou troncos de árvores mortas. Assim, com essas três técnicas sustentáveis, os artesãos produzem baús, descansos de panela, cestos, caixas, entre outros.
Crédito da foto: Rafael Latorre
QUEM FAZ
O grupo Capitania das Fibras é formado por cerca de doze pessoas e faz parte da Associação dos Artesãos de Capitão Enéas. O nome da Associação e do Núcleo das Fibras explicita a inspiração na história da cidade presente em várias peças, como é o caso das caixas baús, utilizadas no transporte de mercadorias, no contexto da construção da estrada férrea. O trabalho com a fibra da bananeira é resultado de um curso feito com o SENAR MINAS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional de Minas Gerais). Em 2013, o grupo começou a participar do programa Sebrae de Artesanato o que trouxe mais ferramentas de gestão, design e aprimoramento das técnicas utilizadas.
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