Fundo Baobá: Desenvolvimento de Lideranças Negras
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Fundo Baobá: Desenvolvimento de Lideranças Negras

Fundo Baobá: Desenvolvimento de Lideranças Negras

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 54% da população brasileira se declara negra ou parda. Das familias brasileiras, mais da metade é chefiada por mulheres e 48% mulheres negras. Ainda assim, a população negra ainda lidera rankings de desigualdade social. O que transforma essa realidade, além do combate ao racismo institucional, é o apoio a projetos sociais e iniciativas de igualdade.

Neste Mês da Consciência Negra, apresentamos o Baobá – Fundo para a Equidade Racial, primeiro e único fundo para financiamento de projetos focados exclusivamente no desenvolvimento da população negra brasileira. A iniciativa surgiu em 2011, resultado do encontro de líderes do movimento negro com instituições privadas e também sociais, como a Fundação Kellogg, que reuniu um grupo de lideranças ao final de 2009 em um comitê programático justamente para debater a promoção de uma instituição com o foco na equidade racial, principalmente tendo em vista a crise economica de 2008 que agravou ainda mais a desigualdade.

Desde então, uma rede de instituições filantrópicas se uniram para fomentar e financiar estes projetos, algo inédito no país. O que o Baobá proporciona é o ponto de encontro entre diferentes doadores, para redistribuir o investimento em diferentes ações sociais. Dentre as frentes de atuação, estão:

Comunicação e memória – Apoiar projetos e iniciativas de valorização e difusão de bens culturais materiais e simbólicos (produção artística – música, dança, canto, literatura, etc.; práticas culturais tradicionais e inovadoras); mídia negra.

Desenvolvimento econômico – Apoio a projetos e iniciativas para a formação para o mundo do trabalho; empreendedorismo; promoção da diversidade racial nas empresas; fortalecimento das instituições de representação de trabalhadoras domésticas e outros profissionais negros e negras e acesso ao crédito.

Educação – Incentivo a ações de enfrentamento ao racismo institucional no ambiente escolar; projetos de vida e ampliação de capacidades sócio emocionais entre adolescentes e jovens; entrada e permanência no ensino superior; formação de lideranças e novos quadros; ciência, tecnologia e inovação.

Vida com dignidade – Incentivo a ações de promoção da saúde e qualidade de vida, prevenção de doenças e agravos; prevenção e atenção às vítimas e pessoas afetadas pela violência racial; enfrentamento ao racismo religioso e proteção das vítimas; acesso à terra, à infraestrutura, proteção e defesa dos direitos das comunidades quilombolas em geral.

Por meio de diferentes editais, pessoas negras de todo o país são impactadas, seja pela visibilidade de suas realidades como ações de capacitação, influenciando diretamente em geração de renda e independência das comunidades negras, seja pelo viés da educação como empreendedorismo negro. Diferentes organizações e projetos saem do papel a partir do Fundo Baobá. 

Neste ano de 2019, por exemplo, o Baobá cooptou fundos para prover bolsas de R$40mil para capacitar 60 mulheres negras em todo o país. O Edital, que leva o nome de Marielle Franco, deputada assassinada em março de 2018 e lider de diversas lutas sociais, tem como principal ativo a “Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras”. 

Se você é um jovem negro ou instituição que queira fazer parte desta rede de equidade, clique aqui e receba as atualizações do Fundo sobre novos editais e ações. 

Em 8 anos de atuação, o Baobá já financiou projetos de incentivo ao negro na publicidade; de incentivo à participação negra no campo da tecnologia digital; no debate do cinema negro; na moda, empreendedorismo, educação básica, dentre outros. Acesse aqui e conheça este histórico. 

Para também conhecer mais desta trajetória, o Baobá publicou o livro “Memórias do Baobá – Raízes e sementes na luta por equidade racial no Brasil”, organizado por Almicar Araújo Pereira, Julio Cesar Correia de Oliveira e Thaynara Cristine Silva de Lima, e distribuído gratuitamente em PDF. Leia aqui.


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